A introdução do Pickelhaube
no exército brasileiro
O pickelhaube foi originalmente desenhado em 1842 pelo Rei Frederico Guilherme IV da Prússia, talvez como uma cópia de capacetes similares adotados na mesma época pelos militares russos. Não se sabe porém, se esse foi um caso de imitação ou invenção paralela. Os primeiros modelos usavam ponteira com crineira; posteriormente foram também usadas esferas para a artilharia, bem como a águia imperial, em alguns modelos alemães.
Frederico Guilherme introduziu o pickelhaube para o uso da infantaria prussiana em 23 de Outubro de 1842 por ordem do gabinete real. O pickelhaube foi adotado para o Exército Brasileiro em 1889, objetivando diferenciar os uniformes da República em relação aos do período do Império. Com os uniformes de gala, a ponteira era substituída por penachos com as cores representativas das Armas ou Serviços (vermelho para a infantaria; branco e vermelho para a cavalaria; carmin e preto para a artilharia; etc.).
Em 1890 e 1894 foram feitas novas modificações; sendo adotados revestimentos coloridos nos capacetes, e inseridos modelos com cimeira e crineira para a cavalaria, artilharia de campanha, e bandas de música. Passou também a existir uma variada combinação de cores nos penachos, para as diversas especialidades das Armas e Serviços (artilharia de campanha, artilharia de posição, etc.).
Em 1903 o pickelhaube foi substituído pelo pith helmet; uma versão em cortiça do capacete colonial, revestido com tecido branco e ornado com penachos, crineiras e ponteiras.
Versões similares foram também adotadas pela Guarda Nacional. Foi substituído aos poucos por modelos ingleses e franceses nas primeiras décadas do Séc XX, caindo em desuso após o fim da Primeira Guerra Mundial, e sendo totalmente substituído pela chegada de novos equipamentos e uniformes para os militares do Brasil durante o Estado Novo, desta vez o modelo escolhido era o modelo francês Adrian.