“Como suplemento à tarefa, [...] ou seja, resolver a questão judaica pela emigração e evacuação da maneira mais favorável [...] comissiono você a realizar todos os preparativos [...] para uma solução total da questão judaica naqueles territórios da Europa sob influência alemã.
[...]
Além disso, comissiono você a me enviar o mais rápido possível um rascunho mostrando as medidas [...] para a execução da solução final pretendida para a questão judaica.”
Conforme mencionado por Reitlinger, o oficial do Ministério das Relações Exteriores Franz Rademacher, em 10 de fevereiro de 1942 enviou a outro oficial do Terceiro Reich um memorando mencionando a seguinte coisa:
“A guerra contra a União Soviética entretanto criou a oportunidade de usar outros territórios para a Solução Final. Consequentemente, o Führer decidiu que os judeus não serão empurrados para Madagascar, mas sim para o leste. Madagascar não precisa mais ser destinado à Solução Final”
Goebbels também menciona a Solução final em seu diário, na entrada de 7 de Março de 1942 referenciando a Conferência de Wannsee e o Plano Madagascar menciona o seguinte (pág 115-116):
“A questão judaica deve ser resolvida dentro de um quadro pan-europeu. Ainda existem 11 milhões de judeus na Europa [Segundo a minuta de Eichmann em Wannsee]. Eles terão que se concentrar mais tarde, para começar, no Leste; possivelmente uma ilha, como Madagascar, pode ser atribuída a eles após a guerra. Em todo caso, não pode haver paz na Europa até que os últimos judeus sejam eliminados do continente.”
Durante o Tribunal de Nuremberg, o Ministério Público dos EUA no Caso Wilhelmstrasse apresentou um documento, NG-2586, incluindo o documento NG-2586-1, que é um resumo das outras partes. É um memorando confidencial feito pelo ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Martin Franz Julius Luther (antecessor de Horst Wagner) que menciona a deportação dos judeus (Tradução não-oficial em português/Tradução oficial em inglês):
“1. O princípio da política judaica alemã após a tomada do poder consistia em promover por todos os meios a emigração judaica [...]
2. A presente guerra dá à Alemanha a oportunidade e também o dever de resolver o problema judaico na Europa. [...] D III propôs em julho de 1940 como solução — a remoção de todos os judeus da Europa e a exigência da Ilha de Madagascar da França como território para a recepção dos judeus. O ministro das Relações Exteriores do Reich basicamente concordou com o início do trabalho preliminar para a deportação dos judeus da Europa. [...]
4. [...] O Major-General da SS Heydrich informou ao Ministro das Relações Exteriores do Reich que todo o problema dos aproximadamente três e um quarto de milhão de Judeus nas áreas sob controle alemão não poderia mais ser resolvido por emigração — seria necessária uma solução territorial final [territoriale Endloesung].
[...]
Na conferência [de Wannsee], o General Heydrich explicou que a atribuição do Marechal do Reich Goering a ele havia sido feita por instrução do Führer e que o Führer, em vez da emigração, agora autorizava a evacuação dos judeus para o Leste como a solução (comparar a página 5 do recinto com o Documento D III 29/42). [...]
As deportações pretendidas são mais um passo em frente no caminho da solução total e são, em relação a outros países (Hungria), muito importantes. A deportação para o Governo Geral é uma medida temporária. Os Judeus serão transferidos para os Territórios Orientais Ocupados assim que as condições técnicas para isso forem dadas. Solicito, portanto, a aprovação para a continuação das negociações e medidas nestes termos e de acordo com os arranjamentos feitos.”
Em 12 de julho de 1940, ao retornar de Berlim, onde havia sido recebido por Hitler, Hans Frank, o então governador geral da Polônia, fez um discurso no qual declarou no documento PS-2233 (página 394 [378 no documento]):
[...]
Além disso, comissiono você a me enviar o mais rápido possível um rascunho mostrando as medidas [...] para a execução da solução final pretendida para a questão judaica.”
Conforme mencionado por Reitlinger, o oficial do Ministério das Relações Exteriores Franz Rademacher, em 10 de fevereiro de 1942 enviou a outro oficial do Terceiro Reich um memorando mencionando a seguinte coisa:
“A guerra contra a União Soviética entretanto criou a oportunidade de usar outros territórios para a Solução Final. Consequentemente, o Führer decidiu que os judeus não serão empurrados para Madagascar, mas sim para o leste. Madagascar não precisa mais ser destinado à Solução Final”
Goebbels também menciona a Solução final em seu diário, na entrada de 7 de Março de 1942 referenciando a Conferência de Wannsee e o Plano Madagascar menciona o seguinte (pág 115-116):
“A questão judaica deve ser resolvida dentro de um quadro pan-europeu. Ainda existem 11 milhões de judeus na Europa [Segundo a minuta de Eichmann em Wannsee]. Eles terão que se concentrar mais tarde, para começar, no Leste; possivelmente uma ilha, como Madagascar, pode ser atribuída a eles após a guerra. Em todo caso, não pode haver paz na Europa até que os últimos judeus sejam eliminados do continente.”
Durante o Tribunal de Nuremberg, o Ministério Público dos EUA no Caso Wilhelmstrasse apresentou um documento, NG-2586, incluindo o documento NG-2586-1, que é um resumo das outras partes. É um memorando confidencial feito pelo ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Martin Franz Julius Luther (antecessor de Horst Wagner) que menciona a deportação dos judeus (Tradução não-oficial em português/Tradução oficial em inglês):
“1. O princípio da política judaica alemã após a tomada do poder consistia em promover por todos os meios a emigração judaica [...]
2. A presente guerra dá à Alemanha a oportunidade e também o dever de resolver o problema judaico na Europa. [...] D III propôs em julho de 1940 como solução — a remoção de todos os judeus da Europa e a exigência da Ilha de Madagascar da França como território para a recepção dos judeus. O ministro das Relações Exteriores do Reich basicamente concordou com o início do trabalho preliminar para a deportação dos judeus da Europa. [...]
4. [...] O Major-General da SS Heydrich informou ao Ministro das Relações Exteriores do Reich que todo o problema dos aproximadamente três e um quarto de milhão de Judeus nas áreas sob controle alemão não poderia mais ser resolvido por emigração — seria necessária uma solução territorial final [territoriale Endloesung].
[...]
Na conferência [de Wannsee], o General Heydrich explicou que a atribuição do Marechal do Reich Goering a ele havia sido feita por instrução do Führer e que o Führer, em vez da emigração, agora autorizava a evacuação dos judeus para o Leste como a solução (comparar a página 5 do recinto com o Documento D III 29/42). [...]
As deportações pretendidas são mais um passo em frente no caminho da solução total e são, em relação a outros países (Hungria), muito importantes. A deportação para o Governo Geral é uma medida temporária. Os Judeus serão transferidos para os Territórios Orientais Ocupados assim que as condições técnicas para isso forem dadas. Solicito, portanto, a aprovação para a continuação das negociações e medidas nestes termos e de acordo com os arranjamentos feitos.”
Em 12 de julho de 1940, ao retornar de Berlim, onde havia sido recebido por Hitler, Hans Frank, o então governador geral da Polônia, fez um discurso no qual declarou no documento PS-2233 (página 394 [378 no documento]):