Destarte, qual era o objetivo de Moisés ao organizar o povo de Israel em nação? Na verdade, o que era o Pentateuco senão um extenso código de leis, filosofia e preceitos elaborados para a organização de uma comunidade de “eleitos”, ou seja, um povo escolhido por Deus para refletir, na terra, a imagem do reino da justiça e da retidão, regido pelo próprio Deus?
Afinal de contas, todas as esperanças de humanidade sempre convergiram para esse sonho: um regresso ao velho estado de ordem, justiça, perfeição e harmonia, que se pensa, um dia existiu no universo, e que permanece na memória celular da humanidade como um arquétipo a ser recuperado. Esse estado se perdeu na história das civilizações em conseqüência do orgulho do homem, pois ele, ao adquirir o conhecimento do bem e do mal, pensou poder mais que os deuses. A memória desse estado, entretanto, refugiou-se no inconsciente humano, reprimida pelos apelos á racionalidade e ás necessidades da vida profana. Para recuperá-lo, era preciso reconstruir a sociedade, tantas vezes quantas forem necessárias, até que ela atingisse uma forma perfeita. Exatamente como se fez, várias vezes, com o Templo de Salomão, repetidamente destruído e reconstruído.
A sociedade humana seria igual ao Templo de Salomão. Para fazer dela um edifício perfeito, era necessário que cada elemento que o compõe também fosse perfeito. Assim, era preciso construir um homem novo, regenerado, purgado de seus defeitos, morto para os vícios da vida profana, na melhor tradição iniciática, e regenerado para uma nova vida pessoal e social, baseada numa nova ética e uma nova moral; estas fundamentadas num humanismo espiritualista que atendesse tanto a razão prática, quanto á sensibilidade mística do homem religioso. Esse novo homem seria um Hiram, pedreiro moral, construtor do novo Templo de Salomão, arquétipo da sociedade ideal, pensada pelo Grande Arquiteto do Universo. Para isso, entretanto, como a própria tradição iniciática sustentava, e a doutrina cristã confirmava, era preciso que o mestre morresse, para que seus seguidores nele renascessem como iniciados. Dessa simbologia, que incorpora todas as antigas tradições, desde o mito de Osíris, até o sacrifício de Jesus Cristo, nasceu o Drama de Hiram, que é o simbolismo mais significativo de todo o ensinamento maçônico.Destarte, qual era o objetivo de Moisés ao organizar o povo de Israel em nação? Na verdade, o que era o Pentateuco senão um extenso código de leis, filosofia e preceitos elaborados para a organização de uma comunidade de “eleitos”, ou seja, um povo escolhido por Deus para refletir, na terra, a imagem do reino da justiça e da retidão, regido pelo próprio Deus?
Afinal de contas, todas as esperanças de humanidade sempre convergiram para esse sonho: um regresso ao velho estado de ordem, justiça, perfeição e harmonia, que se pensa, um dia existiu no universo, e que permanece na memória celular da humanidade como um arquétipo a ser recuperado. Esse estado se perdeu na história das civilizações em conseqüência do orgulho do homem, pois ele, ao adquirir o conhecimento do bem e do mal, pensou poder mais que os deuses. A memória desse estado, entretanto, refugiou-se no inconsciente humano, reprimida pelos apelos á racionalidade e ás necessidades da vida profana. Para recuperá-lo, era preciso reconstruir a sociedade, tantas vezes quantas forem necessárias, até que ela atingisse uma forma perfeita. Exatamente como se fez, várias vezes, com o Templo de Salomão, repetidamente destruído e reconstruído.
A sociedade humana seria igual ao Templo de Salomão. Para fazer dela um edifício perfeito, era necessário que cada elemento que o compõe também fosse perfeito. Assim, era preciso construir um homem novo, regenerado, purgado de seus defeitos, morto para os vícios da vida profana, na melhor tradição iniciática, e regenerado para uma nova vida pessoal e social, baseada numa nova ética e uma nova moral; estas fundamentadas num humanismo espiritualista que atendesse tanto a razão prática, quanto á sensibilidade mística do homem religioso. Esse novo