Forward from: Raphael Machado
Em geral, a esquerda "trabalhista" é entusiasta da ideia de que "o wokismo acabou" porque isso se adequa às deficiências de sua cosmovisão liberal, que é tão universalista quanto o wokismo e coloca a economia acima da cultura.
Eles querem uma desculpa para se eximir do fardo de debater frontalmente as pautas das elites mundialistas hegemônicas porque nesse debate ou essa esquerda acabaria tendo que violar as próprias sensibilidades liberais ou confessar a rendição a Davos e a George Soros.
O erro de leitura fundamental aí, aliás, é o de que essas pautas não são sinceramente defendidas por seus paladinos; que é tudo questão de "interesse" momentâneo, e que elas desaparecem com o menor revés ou a menor redução de bolsas e investimentos.
Mas nós já sabemos que aquilo que estamos vendo hoje é apenas a conclusão de um projeto filosófico inaugurado séculos atrás, a realização de planos sobre os quais já se especulava entre os séculos XVIII e XIX, da liquidação da família à desvirilização do homem, passando pelo aborto irrestrito, nada aí é "ocasional" ou novo.
A realidade é desfavorável a essa esquerda "trabalhista" por uma série de motivos.
Em primeiro lugar, sabemos que a esquerda liberal-progressista, as ONGs que os promovem e os megaempresários que os bancam fazem um recuo tático. Eles percebem um contexto desfavorável, interrompem seu avanço e recuam para posições mais "defensáveis".
"Talvez crianças... menores de 12 anos ...não devam se entupir de hormônios artificiais....sem autorização dos pais. Se forem adolescentes e com autorização dos pais tudo bem, certo? Ora pois...sem extremismos..."
É assim que o debate está "evoluindo" no Reino Unido, por exemplo; pela busca por "consensos" que já representam em si uma engenharia social radical sem precedentes na direção do transumanismo cosmopolita e da transformação dos povos do mundo em uma "aldeia global".
A finalidade disso é "garantir" um certo patamar de "conquistas", normalizar essas conquistas, garanti-las para impedir qualquer "retrocesso" e aguardar momentos mais favoráveis. Na medida do possível, inclusive, em vez de propagandear as próprias intenções, avançar com essas pautas sem alarde; fazer campanha com base em "preocupações concretas", e avançar com essas pautas uma vez que se tenha conquistado o poder.
A preocupação da esquerda liberal-progressista com o "identitarismo", recordemos, não é de conteúdo, mas de conveniência.
O segundo problema para a esperança do setor "deixa disso" da esquerda é que na direita e no eleitorado da direita já há suficiente "socialização" informacional em relação a esses temas (por mais que o conteúdo informacional em questão seja, muitas vezes, deturpado e delirante).
Ninguém vai votar no Boulos ou no Freixo simplesmente porque "nessa eleição" eles decidiram que são cristãos, antidrogas e contra a ideologia de gênero. Mesmo o Ciro Gomes já perdeu o "timing" de uma virada anti-woke.
Ninguém do eleitorado da direita vai passar a votar no campo da esquerda só porque a esquerda parou de falar em certas pautas em uma época na qual o conservadorismo, em ascensão, quer mais do que "não falar", e sim a revogação de boa parte das "conquistas" progressistas das últimas décadas.
Resumindo, a esquerda liberal só recuou temporariamente e vai continuar promovendo o wokismo fora do período eleitoral e em outros contextos e espaços, mesmo que com menos alarde. E, por sua vez, a direita conservadora não vai se satisfazer com esse recuo tático e tentará avançar para impor uma derrota estratégica ao wokismo.
A conclusão é que os nacionalistas deveriam se adiantar para tentar assumir a vanguarda da luta contra o wokismo, o que em parte já fazemos, excetuando esses que se identificam como "esquerda trabalhista", que seguirão insistindo que o Brasil não passa de um estacionamento de shopping.
Eles querem uma desculpa para se eximir do fardo de debater frontalmente as pautas das elites mundialistas hegemônicas porque nesse debate ou essa esquerda acabaria tendo que violar as próprias sensibilidades liberais ou confessar a rendição a Davos e a George Soros.
O erro de leitura fundamental aí, aliás, é o de que essas pautas não são sinceramente defendidas por seus paladinos; que é tudo questão de "interesse" momentâneo, e que elas desaparecem com o menor revés ou a menor redução de bolsas e investimentos.
Mas nós já sabemos que aquilo que estamos vendo hoje é apenas a conclusão de um projeto filosófico inaugurado séculos atrás, a realização de planos sobre os quais já se especulava entre os séculos XVIII e XIX, da liquidação da família à desvirilização do homem, passando pelo aborto irrestrito, nada aí é "ocasional" ou novo.
A realidade é desfavorável a essa esquerda "trabalhista" por uma série de motivos.
Em primeiro lugar, sabemos que a esquerda liberal-progressista, as ONGs que os promovem e os megaempresários que os bancam fazem um recuo tático. Eles percebem um contexto desfavorável, interrompem seu avanço e recuam para posições mais "defensáveis".
"Talvez crianças... menores de 12 anos ...não devam se entupir de hormônios artificiais....sem autorização dos pais. Se forem adolescentes e com autorização dos pais tudo bem, certo? Ora pois...sem extremismos..."
É assim que o debate está "evoluindo" no Reino Unido, por exemplo; pela busca por "consensos" que já representam em si uma engenharia social radical sem precedentes na direção do transumanismo cosmopolita e da transformação dos povos do mundo em uma "aldeia global".
A finalidade disso é "garantir" um certo patamar de "conquistas", normalizar essas conquistas, garanti-las para impedir qualquer "retrocesso" e aguardar momentos mais favoráveis. Na medida do possível, inclusive, em vez de propagandear as próprias intenções, avançar com essas pautas sem alarde; fazer campanha com base em "preocupações concretas", e avançar com essas pautas uma vez que se tenha conquistado o poder.
A preocupação da esquerda liberal-progressista com o "identitarismo", recordemos, não é de conteúdo, mas de conveniência.
O segundo problema para a esperança do setor "deixa disso" da esquerda é que na direita e no eleitorado da direita já há suficiente "socialização" informacional em relação a esses temas (por mais que o conteúdo informacional em questão seja, muitas vezes, deturpado e delirante).
Ninguém vai votar no Boulos ou no Freixo simplesmente porque "nessa eleição" eles decidiram que são cristãos, antidrogas e contra a ideologia de gênero. Mesmo o Ciro Gomes já perdeu o "timing" de uma virada anti-woke.
Ninguém do eleitorado da direita vai passar a votar no campo da esquerda só porque a esquerda parou de falar em certas pautas em uma época na qual o conservadorismo, em ascensão, quer mais do que "não falar", e sim a revogação de boa parte das "conquistas" progressistas das últimas décadas.
Resumindo, a esquerda liberal só recuou temporariamente e vai continuar promovendo o wokismo fora do período eleitoral e em outros contextos e espaços, mesmo que com menos alarde. E, por sua vez, a direita conservadora não vai se satisfazer com esse recuo tático e tentará avançar para impor uma derrota estratégica ao wokismo.
A conclusão é que os nacionalistas deveriam se adiantar para tentar assumir a vanguarda da luta contra o wokismo, o que em parte já fazemos, excetuando esses que se identificam como "esquerda trabalhista", que seguirão insistindo que o Brasil não passa de um estacionamento de shopping.