“Imagine-se um sacrílego cripto-judeu usando, na sua qualidade de frade, o confessionário como meio de espionagem! Se bem que isso seja horrendo, inúmeros documentos, tanto de fonte judaica, como eclesiástica, revelam-nos a abundância de casos similares, constituindo uma das causas que obrigaram muitas ordens religiosas a aprovar os chamados Estatutos de Limpeza de Sangue, com os quais se proibia o acesso nas ditas ordens a católicos descendentes de judeus, porque se tinham múltiplas provas de que quase todos eram judeus em segredo.” (Maurice Pinay, Complô contra a Igreja, Tomo IV, Porto Alegre, Editora Revisão, 1994, p. 533).