Recomendamos ler o artigo de jornalista peruano Ricardo Zedano publicado no site da Federación de Periodistas del Perú (FPP Noticias).
Tradução:
@sputnikconsulting, @embaixadarussa
OPERAÇÃO MILITAR ESPECIAL DA RÚSSIA NA UCRÂNIA.
Para entender a razão pela qual a Federação Russa decidiu realizar uma operação militar especial nas repúblicas de Donetsk e Lugansk, cuja independência foi reconhecida em 20 de fevereiro passado por Moscou. Em primeiro lugar, é necessário citar alguns momentos históricos que nos ajudarão a chegar a uma conclusão mais fundamentada sobre o comportamento da Rússia em relação à operação militar especial que vem realizando com o objetivo de impor a paz, desmilitarizar a Ucrânia e extirpar daquele país ao grupo nazista e fascista, cujos representantes se entrincheiraram no poder e contam com o apoio dos EUA e seus aliados da OTAN.
A este respeito, deve-se notar que o antagonismo entre a Rússia e os EUA, que tem a Europa e muitos países sob seu jugo, remonta a muitos e muitos anos. Mas não vamos nos aprofundar muito na história. Tomaremos como ponto de partida 1991, ano em que a OTAN prometeu à Rússia, após a queda da União Soviética, que não avançaria um centímetro em direção ao Leste Europeu e assim evitaria conflitos de guerra.
Essa promessa não foi cumprida. Os russos o lembraram repetidamente. A OTAN respondeu recentemente que essas promessas não estão refletidas em nenhum documento oficial e por isso tudo o que foi dito são apenas palavras. Como a OTAN só leva em conta tudo o que consta nos documentos, a Rússia alega documentos aprovados pela Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), à qual pertencem 57 países, incluindo a Rússia.
Dentre esses documentos temos:
A carta sobre segurança europeia (Istambul, novembro de 1999) com a seguinte redação:
A Carta contribuirá para a formação de um espaço de segurança comum e indivisível e favorecerá a criação de um espaço OSCE sem linhas divisórias ou zonas com diferentes níveis de segurança.
Declaração Comemorativa de Astana. Rumo a uma comunidade de segurança, que diz o seguinte:
A segurança de cada Estado participante está inseparavelmente ligada à de todos os outros. Cada Estado participante tem o mesmo direito à segurança. Reafirmamos o direito inerente de todo e qualquer Estado participante de poder escolher ou modificar seus arranjos de segurança, incluindo tratados de aliança, à medida que evoluem. Cada Estado também tem direito à neutralidade. Cada Estado participante respeitará os direitos de todos os demais nessas áreas. Eles não aumentarão sua segurança às custas de outros estados.
Mas a Aliança Atlântica ignora essa parte da carta e da declaração: segurança comum e indivisível, bem como o fato de que cada Estado participante respeitará os direitos de todos os demais nessas áreas. Eles não aumentarão sua segurança às custas de outros estados.
Tradução:
@sputnikconsulting, @embaixadarussa
OPERAÇÃO MILITAR ESPECIAL DA RÚSSIA NA UCRÂNIA.
Para entender a razão pela qual a Federação Russa decidiu realizar uma operação militar especial nas repúblicas de Donetsk e Lugansk, cuja independência foi reconhecida em 20 de fevereiro passado por Moscou. Em primeiro lugar, é necessário citar alguns momentos históricos que nos ajudarão a chegar a uma conclusão mais fundamentada sobre o comportamento da Rússia em relação à operação militar especial que vem realizando com o objetivo de impor a paz, desmilitarizar a Ucrânia e extirpar daquele país ao grupo nazista e fascista, cujos representantes se entrincheiraram no poder e contam com o apoio dos EUA e seus aliados da OTAN.
A este respeito, deve-se notar que o antagonismo entre a Rússia e os EUA, que tem a Europa e muitos países sob seu jugo, remonta a muitos e muitos anos. Mas não vamos nos aprofundar muito na história. Tomaremos como ponto de partida 1991, ano em que a OTAN prometeu à Rússia, após a queda da União Soviética, que não avançaria um centímetro em direção ao Leste Europeu e assim evitaria conflitos de guerra.
Essa promessa não foi cumprida. Os russos o lembraram repetidamente. A OTAN respondeu recentemente que essas promessas não estão refletidas em nenhum documento oficial e por isso tudo o que foi dito são apenas palavras. Como a OTAN só leva em conta tudo o que consta nos documentos, a Rússia alega documentos aprovados pela Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), à qual pertencem 57 países, incluindo a Rússia.
Dentre esses documentos temos:
A carta sobre segurança europeia (Istambul, novembro de 1999) com a seguinte redação:
A Carta contribuirá para a formação de um espaço de segurança comum e indivisível e favorecerá a criação de um espaço OSCE sem linhas divisórias ou zonas com diferentes níveis de segurança.
Declaração Comemorativa de Astana. Rumo a uma comunidade de segurança, que diz o seguinte:
A segurança de cada Estado participante está inseparavelmente ligada à de todos os outros. Cada Estado participante tem o mesmo direito à segurança. Reafirmamos o direito inerente de todo e qualquer Estado participante de poder escolher ou modificar seus arranjos de segurança, incluindo tratados de aliança, à medida que evoluem. Cada Estado também tem direito à neutralidade. Cada Estado participante respeitará os direitos de todos os demais nessas áreas. Eles não aumentarão sua segurança às custas de outros estados.
Mas a Aliança Atlântica ignora essa parte da carta e da declaração: segurança comum e indivisível, bem como o fato de que cada Estado participante respeitará os direitos de todos os demais nessas áreas. Eles não aumentarão sua segurança às custas de outros estados.